- Naiara Walter Pieper
- Agosto 2011
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''O fim do vestibular não é o fim do mérito''
O ministro Fernando Haddad (Educação) diz que o Enem ajuda a ''enxugar'' o currículo do ensino médio. Admitindo que o ensino médio foi o que menos reagiu às políticas públicas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, espera que o Enem promova a racionalização do currículo e os governos estaduais invistam com prioridade. "Sem ufanismo", ele avalia que há uma reação na qualidade do ensino, que deve ser alavancada pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
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Dados revelam que apenas 19% dos 496.251 presos brasileiros trabalham e só 8% deles estudam. A razão apontada para justificar isso é a falta de interesse, poucas parcerias e o medo. A lei torna obrigatório que todas as unidades prisionais brasileiras ofereçam cursos profissionalizantes e oportunidade de emprego aos detentos. Os presos que trabalham têm sua pena reduzida em um dia para cada três trabalhados. Já os que estudam reduzem um dia para cada 12 horas de frequência escolar. A redução da pena também ajuda a diminuir a superlotação das cadeias, porém muitos presos não trabalham porque não querem.
Em apenas um ano, o contrato do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) quase triplicou: saltou de 128,5 milhões de reais para 372,5 milhões de reais, um aumento de 190. Segundo o órgão, dentre os serviços prestados pelo consórcio estão: locação de espaços para realização do exame, cadastramento e capacitação de fiscais e coordenadores de locais de prova, atividades pós-aplicação, organização do material para processamento, correção das provas e da redação, análise e processamento técnico e estatístico dos resultados do exame. Esse ano 6.2 milhões de estudantes farão o exame.
Levantamento realizado pela Câmara de Educação Superior do CNE levando em conta os dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do fim de março revela quase 40% das universidades brasileiras não cumprem um dos critérios exigidos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para operarem como universidades. De 184 instituições, 67 (36,4%) não apresentam o mínimo de três programas de mestrado e um de doutorado, exigência para a universidade conquistar tal status. Além disso, 15 delas não têm nenhum programa em funcionamento. As universidades destacam os altos custos da pós-graduação como um dos obstáculos para a implantação.
Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que, de forma geral, a maioria dos universitários brasileiros não leem muito. Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer durante o ano. Uma realidade oposta é a da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na qual os estudantes da são ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano. No Maranhão, um dos estados mais pobres do Brasil, esse índice é de apenas 5,57%. No topo do ranking dos estudantes que não leem nada está a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) onde metade de seus alunos esnoba as bibliotecas.
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